Não me recordo quem publicou este artigo mas é demais importante, assim aqui vai a reflexão...
Uma das
principais preocupações dos Pais em relação à iniciação da Creche ou
Jardim de Infância dos seus filhos é a Adaptação.

·
Será que o meu filho vai ficar bem?
·
Será que lhe vão dar a devida atenção?
·
Será que o vão mimar?
·
Será…? Será…?
Existem demasiadas dúvidas que perturbam
muito os pais, principalmente nos primeiros dias.
Todas estas dúvidas e inquietações, que tanto atormentam os pais, são compreensíveis e legítimas, pois vão deixar os seus pequenos “tesouros” com pessoas que lhes são estranhas; no entanto sem se aperceberem os pais são os principais transmissores de ansiedade e angústia para as crianças.
Todas estas dúvidas e inquietações, que tanto atormentam os pais, são compreensíveis e legítimas, pois vão deixar os seus pequenos “tesouros” com pessoas que lhes são estranhas; no entanto sem se aperceberem os pais são os principais transmissores de ansiedade e angústia para as crianças.
Vou para
a escolinha e agora?
As crianças são imprevisíveis. Podem
mudar de comportamento e de atitudes de um momento para o outro, principalmente
se, de repente, se vêm num ambiente diferente daquele a que estão habituadas.
A ida para a Creche ou Jardim de Infância, e a consequente reacção a essa mudança da rotina diária, é uma lotaria que os pais têm de
enfrentar. Sem medos, pois eles não têm razão de ser.
Quando as crianças se deparam com uma nova realidade podem agir de variadas formas. É sabido que no primeiro dia em que entram num infantário os choros e gritos são esperados. Mas e quando essas manifestações surgem semanas depois do primeiro dia? Não se preocupe. É também normal e esse comportamento que não se trata de forma alguma das chamadas «birras» não deve levantar qualquer tipo de alarmismo.
Quando as crianças se deparam com uma nova realidade podem agir de variadas formas. É sabido que no primeiro dia em que entram num infantário os choros e gritos são esperados. Mas e quando essas manifestações surgem semanas depois do primeiro dia? Não se preocupe. É também normal e esse comportamento que não se trata de forma alguma das chamadas «birras» não deve levantar qualquer tipo de alarmismo.
A rejeição das crianças a um novo
ambiente pode surgir em qualquer altura, mesmo ao fim de um determinado período
de tempo, em que os pais pensam que a habituação do seu filho já está mais que
ultrapassada. Até porque «a novidade pode ser motivo de interesse para qualquer
criança». Isto é, encontrarem-se num espaço novo, com caras
diferentes das que habitualmente vêm, aliado a todo um conjunto de possíveis
brinquedos e distracções que desconheciam, pode despertar a curiosidade das
crianças para a descoberta, para explorar todo um novo mundo que se abre diante
dos seus olhos. Desta forma, é provável que demonstrem um sentimento de
conforto e até alegria por esta fase diferente que inicia na vida. Um
sentimento que, por vezes, dura apenas até que a novidade deixe de o ser.
«Há crianças que são muito curiosas e
gostam de explorar coisas novas, mas quando o espaço deixa
de ser novidade e percebem que estão ‘sozinhas’, no meio de outras crianças e
de adultos que não os pais, mostram-se desconfortáveis», refere Sofia
Silvério, psicóloga do Núcleo de Psicologia do Estoril. E acrescenta: «Em
alguns casos, a criança parece adaptada ao local e aos colegas, mostra-se interessada
e participativa nas atividades, mas, de repente, muda o seu
comportamento, isolando-se, chorando quando vê os pais e recusando
participar nas tarefas».
Quando esta atitude é adotada pela
criança, a psicóloga não tem dúvidas em dizer aos pais para não se deixarem
enganar, já que, «na maioria das vezes, é apenas uma tentativa de a criança
‘tentar a sua sorte’ e voltar para casa, para junto do conforto dos pais».
Em média, considera-se que,
durante os primeiros dois meses, a criança está em fase de adaptação à escola e às novas realidades. No
entanto, cada criança é uma individualidade própria e o ajuste diário de
emoções é sempre diferente, pelo que a instabilidade emocional faz parte da
habituação da criança a qualquer meio estranho. Aconselha-se os pais a, já
que não podem estar presentes fisicamente, manterem o contacto permanente com a
escola, para se aperceberem das mudanças ocorridas na criança para que se
colmatem as diferenças.
É geralmente conhecido que os bebés se
adaptam com mais facilidade a tudo o que é novo, como novas situações e
ambientes. A rejeição ‘tardia’ a um novo ambiente é mais comum nas crianças com
mais de 18 meses, pois já têm maior memorização e uma conceção individualista
da realidade. Nos bebés de colo, a situação não é tão recorrente, uma vez que
nestas idades as crianças estão ainda alheadas da realidade, não tendo perfeita
noção do que as rodeia. Pelo que, quanto mais cedo a criança entrar para a
creche, mais fácil será a sua adaptação, apesar de
ser uma fase mais complicada para os pais, porque os seus pequenotes são
demasiado indefesos.
Nesta fase inicial da vida de uma
criança, principalmente quando vai para a Creche, há sempre um adulto na sala
com quem a criança irá criar laços afetivos mais fortes e intensos, a esta
situação, chama-se Vinculação. Esta Vinculação vai dar trazer à
criança uma maior segurança, que vai fazer com que esta se sinta protegida e
consiga então, transmitir aos pais que está bem, serena e tranquila sempre que
vai para a creche.
Objetos transacionais (boneco, fralda de
pano, etc.), são usados pela criança como um suporte na conquista da autonomia.
É também importante referir que se a
criança tiver algum objeto que a acompanha sempre (boneco, fralda de pano,
etc.) é importante que esse objeto venha sempre com a criança, pois é chamado
de Objeto de Transição. Estes objetos designados por Winnicott, por objetos transacionais, são usados pela
criança como um suporte na conquista da autonomia, uma vez que são uma espécie
de substituto materno e permitem à criança organizar-se na ausência
das figuras de referência. As crianças ao se sentirem sozinhas na cama, por
exemplo, na creche ou jardim de infância, usam esses objetos para se sentirem
mais confiantes.
Pais
importantes
Os pais desempenham um «papel fundamental
na forma como os filhos reagem às mais variadas situações do dia a
dia. E o mais importante é não cederem à tentação de compensar o tempo em
que deixaram o filho num ambiente que não o familiar. Esta compensação é
nefasta para os pais, porque estimula o sentimento de culpa, e para os filhos,
uma vez que dificulta a sua adaptação e não
estimula a autonomia e independência, pois desejam perpetuar esses momentos
junto dos pais.
A confiança no infantário é, então
fundamental: os pais não devem mostrar a sua ansiedade por ‘largarem’ os filhos
numa Creche ou Jardim de Infância, uma vez que se os
estão a deixar naquele local foi porque, após uma longa procura, o elegeram
como um local de confiança para cuidarem e educarem as suas crianças.
Aqueles pais que não podem ouvir os
filhos chorar, ou vê-los um pouco menos contentes, há que lembrar que
na vida de uma criança há sempre «os períodos em que está a chorar e os
períodos em que está a sorrir. É algo inevitável, que nem o pai mais dedicado e
preocupado consegue afastar do crescimento do seu filho. A única coisa que esse
pai dedicado e preocupado consegue, pode e deve fazer é, agir de forma a
garantir que os períodos dominados pelos sorrisos se prolonguem, superando os
choros e os momentos menos felizes.
A firmeza dos pais tem um papel
extremamente importante nesta hora e chega um momento em que as crianças
percebem que o mundo é algo mais que uma mera continuidade de si próprios e,
nesta linha de ideias, têm de aprender que aquelas duas pessoas, para além de
serem os pais que o adoram, são também duas pessoas com outras coisas suas para
ser e fazer. Assim sendo…
“Eu aprenderei que posso brincar e
divertir-me descansado.”
“Quando eu perceber que os meus pais,
voltam sempre para me vir buscar, eu aprenderei que posso brincar
e divertir-me descansado enquanto eles aqui não estão. Porque sei que
sou amado tanto em casa como na minha escolinha.” Assim a criança vai
adquirindo segurança e estabilidade.
Quando o seu filho fizer uma “birra” a
dizer que não quer ir para a Creche ou Jardim de Infância, poderá estar
apenas a querer testar os pais para ver se consegue fazer com que estes cedam,
e assim atingir os seus objetivos, de fazer apenas o que deseja. Perante esta
situação os pais, por muito que lhes custe, devem dar um mimo à
criança, dizer-lhe que ela tem de ficar, porque os pais a vão buscar, e
devem sair da Creche ou Jardim de Infância sem
dar demasiada importância à “birra”, apesar de ser muito complicado para os
pais, este comportamento é o mais adequado.
Por muito que custe, não prolongue a
despedida além do tempo necessário. É mais difícil para a criança e para si,
que notam a tristeza de ambas. Com o tempo será mais fácil. Na larga maioria
dos casos, mesmo com alguma dificuldade em descolar dos pais (ou com viagens
chorosas de casa para a escola), as crianças gostam da escola e, mal os pais
saem, ficam bem e mudam a “agulha”, passando a sentir-se no seu
espaço de crescimento.
Quando elas perceberem o mundo que têm
para descobrir dentro da sala, nem vão querer de lá sair, mas é preciso lhes
dar tempo para que o consigam perceber.
As pessoas que as acolhem e passam o dia
com elas, são profissionais qualificados e com formação, sabem o que fazer e
porque o fazem. Não se preocupe, porque ele fica em boas mãos. Se tiverem
dúvidas ou não se sentirem seguros, não hesitem em marcar um atendimento com as
técnicas responsáveis e transmitam-lhes como se sentem. Elas são as
melhores pessoas para os apaziguar e esclarecer qualquer dúvida que persista.
(Reflexão muito importante)
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